quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Amor de infância!

Faz tempo, mas me lembro bem daquele dia. Eu tinha uns nove anos apenas e ainda estava no ensino fundamental.
Era uma manhã de verão e estava na escola, eu não tinha a menor noção e muito menos sabia o que era gostar de alguém, assim como mamãe e papai se gostam ou como um príncipe e uma princesa que ficam juntos no final de uma história de contos de fada.
Eu não fazia à mínima ideia do que era o amor. Mas naquele dia eu tive a minha primeira experiência. Chegou um garoto novo na minha sala e ele se chamava Filipe, então logo de cara ele me olhou então olhei no olho dele e senti uma alegria tomar meu rosto, foi tão incrível, igual naquele ultimo natal que eu ganhei a boneca que tanto esperava.
Não sei se a professora percebeu que gostei dele ou talvez por ironia do destino ela o colocou sentado do meu lado.
Ele olhou pra mim e eu com minha timidez dei uma olhadinha e fiquei logo vermelha de vergonha. Mas começamos a conversar e a viramos amigos.
Só que mais tarde estávamos brincando no parque e ele veio do meu lado e disse que queria brincar comigo na casinha do playground, então subimos e quando me virei ele me deu um beijo na minha bochecha. Aí, que vergonha!
Pegou minha mão e pediu se eu queria namorar com ele. Namoramos escondidos por um bom tempo até ele se mudar. Mas claro era um namoro de criança, totalmente inocente.
Então descobri que ele era o meu príncipe encantado, mas a única coisa que não descobri ainda foi o que é exatamente o amor, só sei que ele é bom demais. E depois que ele foi embora nunca mais esqueci o meu primeiro amor. Foi como num conto de fadas.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Eu sou perfeita na Eulândia!

Hahaa.. Pra você posso ser só mais uma, mas garanto que posso ser muito mais do você imagina. 







Quem sou?
 É a pergunta que me faço todos os dias, todos os momentos - escovando os dentes, trocando de roupa e até mesmo quando eu nem imagino que estou pensando – e em cada minuto da minha vida.
Sinto que às vezes sou a pessoa mais estranha do mundo, muitas outras tantas vezes a garota mais maravilhosa do universo.
Sei que tenho que continuar andando, seguindo o meu caminho, construindo sonhos e fazer acontece-los de uma forma diferente que deixe o que é ruim de lado. Sem me preocupar e viver sem culpa.
Quero ter uma vida que eu mereça e não uma vida que eu acho que tenho que ter.
Por isso eu vou fazer acontecer, pra então depois valer a pena.
E sou o tipo certo de uma garota errada, que tenho todos os defeitos de uma garota errada.
Com jeitinho de muleka.
Rostinho de menina.
E atitude de mulher.


domingo, 19 de setembro de 2010

Tempo! A minha única certeza.


Por que essa busca incessante pelo amor perfeito?
Todos nós somos obcecados em encontrar aquele amor de conto de fadas, a pessoa perfeita, a nossa outra metade da laranja, a peça que faltava do nosso quebra-cabeça.
Sonhamos com o momento perfeito, com o beijo mais apaixonado e as palavras mais lindas de amor, com promessas de uma vida eterna juntos.
Se esquecendo que não somos princesas e nem príncipes e não estamos vivendo num palácio encantado, com abóboras que viram carruagem e muito menos ratinhos que fazem belos vestidos e que sempre tem uma bruxa pra transforma o seu sonho em um horripilante pesadelo, mas que sempre terá um final feliz.
Deixamos-nos levar por paixonites bobas e imaturas e assim sempre levamos um belo tapa na cara. Que atire a primeira pedra quem nunca sofreu por uma pessoa que achasse-mos que era ela a pessoa certa, a pessoa dos nossos sonhos, mas que descobrimos que no final era o lobo mal da história da chapeuzinho-vermelho.
Então, nessas horas as lágrimas são as nossas únicas companheiras.
Sofrer por alguém que não nós ama é barra, mas o que podemos fazer se não mandamos nas nossas emoções. 
Por que muitas vezes amamos a pessoa errada?
 Por que temos formas diferentes de amar?
E afinal o que é exatamente o AMOR?
Nunca ninguém me respondeu essa pergunta, será que por que ninguém sabe a resposta ou será que é por que talvez eu tenha que descobrir sozinha.
Não sei, a única coisa certa é que só o tempo poderá me responder.

sábado, 18 de setembro de 2010

Me perdendo!

Vivendo a minha maneira, sem culpa. Esperando que há sorte um dia me encontre.
Pertenço a histórias que começaram a ser contadas, mas sempre interrompidas por meros fracassos do destino.
Sentada a espera de que a vida acontece-se sem saber que era preciso estar nela para fazer acontece - lá.
Por que de algum modo eu sentia que não pertencia a nada e muito menos a alguém.
A solidão e o silêncio são formas extremamente desesperadoras para encontrar nas lágrimas a única inspiração e a única forma de suportar a dor que domina o meu peito.
Como se estivesse desmoronando, preste a cair num precipício. Sentindo deslocada presa numa espécie de caixa que me sinto sufocada, não conseguindo respirar. E quando mais eu tento me libertar mais me aprisiono na minha própria dor.
Não sei o que estou sentido e não sei mais quanto tempo vou suportar, a minha única certeza é que estou ficando insana e perdendo todos os meus limites de menina.'

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

E se essa for a última visita?

Lembro-me bem daquele dia, era 7 de janeiro. Acordei tarde, tinha que aproveitar ao máximo o meu ultimo dia na casa de praia.
Mas ao acordar percebi que estava toda suada e com uma dor de cabeça terrível.
Senti uma sensação ruim, uma sensação que nunca tinha sentido antes. Parecia que tinha tido um pesadelo, mas não me lembro.
Então, comecei a escutar uns gritos.
Ah! Era minha irmã escandalosa como sempre, me chamando para ir à praia e se despedir da galera.
Não tava a fim de levantar e muito menos de ir embora. Aqui é tão bom me sinto como uma garota de verdade, principalmente quando estou com Ryan, ele é um garoto maravilhoso e sabe como me fazer feliz. Já naquela cidadezinha sem graça era só aquela Samanta Lispector de sempre que se sentia só e vazia, a espera que há vida um dia me encontrasse. Nunca me sentia no palco, nunca o espetáculo começava nunca a minha vida acontecia.
Mas aqui tudo era diferente, tinha uma história de amor e uma vida de grandes espetáculos.
“Sam. Vamos! Precisamos se despedir e pegar a estrada que já esta tarde” Mamãe me chamava.
“Esta bem já estou indo.” Falei num tom sem animo algum, não queria me despedir e ainda tinha essa sensação ruim.
 Me levantei, troquei de roupa e arrumei todas as minhas coisas dentro de minha mala, por incrível que pareça ela é rosa e cheia de florzinha, mas fazer o que ganhei ela de vovó e se não usa-se ela iria ficar chateada. E por falar nisso meu estilo é do tipo preto e obscuro, mas às vezes é bom pintar os desenhos rabiscados.
Fui até a praia sem vontade alguma de dizer adeus. Eu sabia que não precisa ficar assim porque dali alguns meses iria voltar. Mas uma subta ideia maluca passou pela cabeça, “E se essa for a minha última visita?”
“Ai, para de bobagem, claro que não”, falei alto e numa voz perturbadora.
Assim que olhei para frente vi uma coisa horrível, me senti humilhada uma dor profunda e sem força, uma vida estilhaçada, como um copo que se quebra em mil pedaços.
É era ele, aos beijos com uma nojenta e repuguinante garota. Não acreditei no que vi. Agora tive quase certeza de que talvez fosse a minha ultima visita.
Virei às costas para aqueles dois traidores e fui embora sem simplesmente derramar uma lágrima. Por que ele não as merecia.
“Filha já se despediu de todos? Podemos ir então?” Papai disse numa fala estranha e sem pausa.
“Não to a fim de falar sobre isso” Disse furiosa “Mas sim podemos ir, to a fim de me livrar desse lugar”.
No caminho de volta para casa estava quieta como de costume. Escutando minhas músicas e pensando como a minha vida poderia ser assim. Como tudo eu que tocasse se desfizesse em pedaços, como tudo que eu falasse se tornasse em meras palavras bobas que ninguém escuta. E nisso acabei pegando no sono.
De repente acordo. Num grito de dor. Mas sem mesmo poder me ouvir. Abri meus olhos e vi um tubo preso em meu nariz, assustei-me sem saber o que tinha acontecido. Quando olhei para o lado vi uma mulher de cabelos escuros e vestida todo de branco estava ao meu lado então notei que ela era uma enfermeira.
“O que aconteceu comigo? Onde eu estou? Por que esses tubos?...” Desabafei desesperada sem ter ideia do que tinha acontecido, mil coisas fervilhando em minha mente, mil perguntas procurando respostas.
“Calma menina, você já esta bem, vou chamar o medico.” Saiu à enfermeira com passos apresados e sumindo num corredor sem fim.
Fiquei imaginando o que será que teria acontecido naquele dia. A minha premonição será que estava certa? Será que realmente tinha acontecido uma tragédia? Não sabia mais o que pensar e antes de eu tentar me acalmar o medico já estava na porta de meu quarto.
“Doutor, o que aconteceu? Por que estou aqui?...” antes que eu pudesse terminar de fazer minhas perguntas ele me interrompeu.
“Fique calma, você esta bem melhor e esta em ótimas mãos. Você sofreu um acidente.”
Disse ele numa voz extremamente tranqüila.
“O que? Eu o que? Não acredito. Onde estão meus pais. O que aconteceu com eles?” Estava desesperada sem rumo e direção.
“Seus pais estão ótimos, não sofreram nenhuma lesão. Daqui a pouco eles poderam vir falar com você.”
“Mas e eu doutor porque estou aqui, o que aconteceu comigo?” Comecei a chorar, e sentir uma pontada muito grande no peito. Uma sensação de ter perdido de vez o sentido da vida.
“Como eu posso te disser isso numa forma menos dolorosa. Você...” O interrompi.
“Como pode? Eu não estou mais sentido nada, nem meus pés, nem minhas pernas e nem meus braços. O que aconteceu comigo?” Desabei em chorar não agüentei mais, estava perdida numa imensa noite escura e fria sem ninguém pra me amparar.
“Com acidente você ficou paraplégica. Eu sinto muito, mas não tinha nada que possamos fazer, o acidente foi muito grave.” O doutor falou com tom de tristeza.
Mamãe, papai e minha irmã entraram em meu quarto, todos chorando assim como eu.
Não me aguentei e pedi logo um abraço. Não queria estar nessa situação, é difícil suportar. Pensar que eu podia fazer tudo que queria, correr, nadar, ou só simplesmente subir em uma árvore e ficar lá no alto sozinha, pensando em como seria ter uma vida.
Pois é agora eu vou ter bastante tempo pra ficar deitada na minha cama sem fazer absolutamente nada, só pensar na vida que eu poderia construir.
Não quero mais voltar à casa de praia, porque seria se como eu estivesse entrando em um abismo de novo. E por falar nisso nunca mais vi e não soube e nem nunca quero mais saber noticia daquele garoto insano.
Já se passaram 1 ano dês do meu acidente, não superei por completo, mas aos poucos tudo vai melhorando. A minha rotina e a da minha família mudou, tudo foi se transformando para que as minhas necessidades se encaixassem, digamos que agora eu nasci de novo estou como um neném só que bem maior e com certeza com a cabeça no lugar, pronta pra enfrentar a vida de cabeça erguida e fazer dela um grande e verdadeiro espetáculo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Apenas, mas um dia!

Todo mundo quer estar num dia feliz.
Fazendo coisas bobas e inúteis só pra encontrar um sorriso sincero. Brincadeiras que só a gente entende conversas sem rumo e piadas sem graças, mas que mesmo assim alegria toma conta do nosso rosto e nos leva para o mundo da fantasia, nos tornando crianças de novo.
E tenho certeza que ser criança é a melhor coisa que existe poder brincar sem culpa, sem malicia, sem ninguém pegando no teu pé. Se jogando em poças de lamas e se lambuzando todinha de sorvete.
Tem coisa mais gostosa do que depois que você machucou o joelho sua mãe vem e da um beijinho e diz:
“Com esse beijo vai sarar logo logo!”.
E depois de uma longo tarde de diversão você chega em casa deita no colinho de sua  mãe com aquele cafuné gostoso e dorme como um anjinho.

Pois é, agora só me restam saudades desse tempo bom. Saudade das coisas que deixei de fazer, das promessas que fiz pra mim mesma e não cumpri. Não me arrependo de nada que fiz mais sim das coisas que deixei e estou deixando fazer. Sim! Tudo culpa desse meu jeito, sem coragem de ser.

Um dia feliz?
Pra mim não, ele foi só mais um dia!